O Tigers Jaw toca esta semana no Brasil. Em sua segunda visita ao país, o grupo apresenta o elogiadíssimo álbum "spin", e faz shows em praças inéditas, além de São Paulo onde se apresentou há dois anos com casa cheia.
Batemos um papo com Brianna Collins, 50% da linha de frente do grupo, que fala sobre o momento atual do conjunto e este retorno ao Brasil.
Nos últimos anos o Tigers Jaw passou por bastante coisa, e está retornando ao Brasil com um novo status de popularidade após uma primeira tour ainda timida por aqui. Como se sente nesta volta? Sentem que vão apresentar uma nova banda ao público?
Aconteceu muita coisa nos últimos dois anos, e excursionamos um monte. Estamos bem ansiosos em retornar ao Brasil e fazer mais shows. Estamos bem ansiosos em dividir nossa performance ao vivo e energia com o povo do Brasil.
Vocês estão defendendo o álbum "spin", e é natural que sempre se defenda o trabalho mais recente como o melhor de suas carreiras. Mas acreditam nisso? que "spin" é o que de melhor já fizeram?
Estamos tão orgulhosos de "spin". Tem sido um enorme prazer tocar as músicas novas nos shows. Sentimos que esse é nosso melhor trabalho pois pela primeira vez, quando escrevemos as músicas, estávamos operando como uma banda em tempo integral, sem distrações da escola e trabalho. Também tivemos muito mais tempo em estúdio para fazer cada música o melhor que elas poderiam ser.
Conseguem enxergar que bandas como vocês, o Basement, o Turnover, o Title Fight e outros nomes estão criando uma nova cena alternativa? Faz sentido afirmar que vocês são quase como um movimento de indie rock para as novas gerações?
O que há em comum entre essas bandas é que elas são bandas que trabalham duro para fazer arte genuina em que acreditam. Estamos felizes em fazer parte desse movimento e espero que isso atinja ainda mais pessoas ao redor do mundo. Estamos agradecidos em tocar música na América do Sul.
Ainda sobre essas bandas, muitas delas tem estreita relação com a cena punk, hardcore ou emo - seja no som, ou pelo público. Vocês também se relacionam em algum nivel com a cena punk? Como?
Estamos absolutamente ligados a cena punk. Muitas de nossas influências são bandas punk, e parte do nosso som é punk rock. Quando começamos uma cena musical em nossa cidade natal, a fizemos no estilo faça-você-mesmo, com shows em porões, galerias de arte, qualquer lugar que pudéssemos encontrar.
Falando ainda em rock alternativo, o estilo nos entregou mulheres notáveis, de muita personalidade, como Kim Gordon, Kim Deal, Bilinda Butcher, Laura ballance (Superchunk) etc . Você enxerga influência de alguma dessas mulheres em seu trabalho? Consegue colocar-se no mesmo hall que elas?
Eu definitivamente admiro e fico de olho em todas essas mulheres, bem como na Kathleen Hanna. Não posso dizer que me coloco no mesmo hall que elas, mas eu espero que eu possa ser um boa influência ou inspiração para qualquer garota que queira seguir na música.
Por fim, o que o publico pode esperar dos shows no Brasil? E quais as expectativas de vocês sobre esse retorno?
O público pode esperar performances energéticas e dinâmicas. Sentimos que esta é a melhor perfomance ao vivo que já tivemos e estamos bem ansiosos em tocar as músicas, antigas e novas, para o povo no Brasil!