The Toy Dolls
Entrevista por Wladimyr Cruz em 25/07/2018

Antes de vir para a América do sul, o Toy Dolls se apresentou em alguns festivais europeus este ano. O ritmo de shows não para e a banda segue fazendo a tour depois da última tour. Há algum novo plano do Toy Dolls parar de excursionar?
Ha! Boa pergunta. Sem planos imediatos de parar de excursionar, acho que temos pelo menos mais umas duas semanas pela frente!
E as gravações? Ainda faz sentido lançar um disco completo em formato físico? Vocês passaram pelo vinil, pelo cd, pelo mp3 e agora a volta do vinil, como lidar com essas mudanças? Ou isso não afeta uma banda com tanta história e um modo sólido de fazer as coisas?
Mmmm, ainda é legal lançar discos completos, estamos no meio da composição de um novo agora que deve estar pronto nos próximos meses. Ou seja, isso nunca acaba!
Inclusive muitos dos discos de estúdio do Toy Dolls não estão disponíveis nas redes de streaming, por que? Burocracia das gravadoras? Ou falta de interesse de vocês mesmo?
É, burocracia das gravadoras de fato. E também há vários selos que são detentores de diferentes discos nossos agora.
E relançamentos em vinil? Há planos? O Toy Dolls tem material raro para colocar em algum repress?
Sim, e essa é uma boa idéia. Com certeza teremos relançamentos em vinil no futuro. Nosso selo alemão, a Randale Records, sempre lança versões em vinil de nossos discos.
Vocês continuam a compor? O Duncan Redmonds auxilia na composição?
Sim, sempre estamos compondo. O Duncan escreveu uma música no último disco, embora eu tenha feito toda a composição do próximo.
Inclusive, o Snuff continua ativo, mas como Duncan divide os trabalhos? O Toy Dolls é hoje a banda principal dele? Ou o Snuff ainda é sua prioridade?
É um baita trabalho pro Duncan, ambas bandas são igualmente importantes. A gente tem dado um jeito de fazer isso funcionar bem por 11 anos já.
Agora em 2018 completam-se 20 anos da primeira passagem do Toy Dolls pelo Brasil, aquela em que Olga foi agredido no palco. Vinte anos depois, como você vê aquela situação? O que ficou de bom na memória daquela tour?
Ha, ser agredido é uma lembrança com certeza, só não sei se é uma boa lembrança! Mas inesquecível com certeza! De toda forma, foi uma época bem especial esta da primeira visita no Brasil.
Em 2018 completam também 21 anos de lançamento do "Bare Faced Cheek", seguramente o disco mais popular do Toy Dolls no Brasil e onde temos clássicos como "Yul Brynner Was A Skinhead" e "Fisticuffs In Frederick Street". Duas décadas depois como este álbum soa pra você? Ainda gosta dele?
Ah, não é meu disco favorito pra ser sincero. Vou dar outra ouvida nele na próxima semana, não o ouço fazem anos! Talvez eu goste mais dele agora.