Fazia tempo que um disco não era tão esperado por tanta gente, e principalmente, com expectativas tão altas que foram prontamente atendidas.
É chover no molhado dizer que o Foo Fighters é a maior banda de rock da atualidade, mas também não podemos negar que em seus dois últimos álbuns a megalomania os fez mal, com discos longos, emulando uma sonoridade clássica que nem sempre os caia tão bem.
Em "Wasting Light" o vigor de seus três primeiros álbuns está de volta, assim como seu guitarrista original, o eterno Germ, Pat Smear, aqui como terceiro guitarrista.
Produzido por Butch Vig (aquele de "Nevermind" do Nirvana), gravado na garagem de Grohl, o álbum é um back-to-basics que caiu como uma luva em tempos bicudos para o rock mainstream. A energia de "Wasting Light" não é encontrada em um disco major há anos, acredite.
Optando pela gravação 100% analógica (e clipes em VHs!), os Foo's entram em 2011 com um jeitão 1990, mas sem cair no flashback, tudo soa tão bem que o álbum é atemporal, podendo ter sido lançado em 1996 ou mesmo agora.
A abertura fica por conta da poderosa "Bridge Burning", seguida do single "Rope", duas guitarradas de refrão catchy, caindo em "Dear Rosemary", faixa que conta com participação do mestre Bob Mould (Hüsker Dü/Sugar), um dos responsáveis pelo caráter musical de Grohl, sem dúvida, aqui só abrilhantando ainda mais uma das melhores faixas do disco.
A porrada "White Limo" é a próxima, com seu video-viral doentio, mostrou que os Foo's estão de volta mais pesados do que nunca, mas sem marra, apenas se divertindo.
"Arlandria" dá continuidade na fórmula de guitarras/riffs poderosos e refrões pegajosos, uma especialidade da casa, abrindo espaço para "These Days", a mais inofensiva do disco, mas ainda longe de ser uma balada.
Ao chegarmos em "Back & Forth", que era pra ser a faixa título do álbum, dá pra entender o porque Grohl e C&A estavam tocando o disco na íntegra ao vivo, a unidade é bem forte e faz todo o sentido, uma evolução natural dentro de todo um conceito de timbres e estruturas melódicas.
"A Matter of Time" e "Miss the Misery" poderiam ser as faixas mais 'padrão' do disco, mas a qualidade é tão alta que fica difícil de classifica-las assim. Além de que é impossivel não imaginar o público interagindo ao vivo com os coros da segunda citada.
"I Should Have Known", que tem participação de Krist Novoselic no baixo e acordeão (eles não gravavam juntos desde a época do Nirvana, e mais, com Butch Vig, 3/4 da turma que fez o maior disco de rock do dos últimos 25 anos), mostra uma faceta diferente, uma canção mais grave, valorizando o baixo e fugindo do óbvio, quebrando - pra bem - a linearidade que vinha das faixas anteriores.
"Walk" fecha a bagaça, e só falta vir com uma etiqueta de "nova 'Everlong'", pela sua sonoridade, colocação no álbum, o crescente instrumental etc.
Pronto, fechou a tampa. Lacra e manda uma cópia pra todas as bandas que tocam "rock" hoje em dia, cortesia minha e de Grohl.
Se você acha que o futuro do rock está nas esquisitices de Thom Yorke, desculpe, a coisa toda, de verdade, está aqui. Passado, presente e futuro, o rock em 2011, é propriedade dos Foo Fighters.
É chover no molhado dizer que o Foo Fighters é a maior banda de rock da atualidade, mas também não podemos negar que em seus dois últimos álbuns a megalomania os fez mal, com discos longos, emulando uma sonoridade clássica que nem sempre os caia tão bem.
Em "Wasting Light" o vigor de seus três primeiros álbuns está de volta, assim como seu guitarrista original, o eterno Germ, Pat Smear, aqui como terceiro guitarrista.
Produzido por Butch Vig (aquele de "Nevermind" do Nirvana), gravado na garagem de Grohl, o álbum é um back-to-basics que caiu como uma luva em tempos bicudos para o rock mainstream. A energia de "Wasting Light" não é encontrada em um disco major há anos, acredite.
Optando pela gravação 100% analógica (e clipes em VHs!), os Foo's entram em 2011 com um jeitão 1990, mas sem cair no flashback, tudo soa tão bem que o álbum é atemporal, podendo ter sido lançado em 1996 ou mesmo agora.
A abertura fica por conta da poderosa "Bridge Burning", seguida do single "Rope", duas guitarradas de refrão catchy, caindo em "Dear Rosemary", faixa que conta com participação do mestre Bob Mould (Hüsker Dü/Sugar), um dos responsáveis pelo caráter musical de Grohl, sem dúvida, aqui só abrilhantando ainda mais uma das melhores faixas do disco.
A porrada "White Limo" é a próxima, com seu video-viral doentio, mostrou que os Foo's estão de volta mais pesados do que nunca, mas sem marra, apenas se divertindo.
"Arlandria" dá continuidade na fórmula de guitarras/riffs poderosos e refrões pegajosos, uma especialidade da casa, abrindo espaço para "These Days", a mais inofensiva do disco, mas ainda longe de ser uma balada.
Ao chegarmos em "Back & Forth", que era pra ser a faixa título do álbum, dá pra entender o porque Grohl e C&A estavam tocando o disco na íntegra ao vivo, a unidade é bem forte e faz todo o sentido, uma evolução natural dentro de todo um conceito de timbres e estruturas melódicas.
"A Matter of Time" e "Miss the Misery" poderiam ser as faixas mais 'padrão' do disco, mas a qualidade é tão alta que fica difícil de classifica-las assim. Além de que é impossivel não imaginar o público interagindo ao vivo com os coros da segunda citada.
"I Should Have Known", que tem participação de Krist Novoselic no baixo e acordeão (eles não gravavam juntos desde a época do Nirvana, e mais, com Butch Vig, 3/4 da turma que fez o maior disco de rock do dos últimos 25 anos), mostra uma faceta diferente, uma canção mais grave, valorizando o baixo e fugindo do óbvio, quebrando - pra bem - a linearidade que vinha das faixas anteriores.
"Walk" fecha a bagaça, e só falta vir com uma etiqueta de "nova 'Everlong'", pela sua sonoridade, colocação no álbum, o crescente instrumental etc.
Pronto, fechou a tampa. Lacra e manda uma cópia pra todas as bandas que tocam "rock" hoje em dia, cortesia minha e de Grohl.
Se você acha que o futuro do rock está nas esquisitices de Thom Yorke, desculpe, a coisa toda, de verdade, está aqui. Passado, presente e futuro, o rock em 2011, é propriedade dos Foo Fighters.
Enviado por Wladimyr Cruz em 00/00/0000 (Terça-feira), 00:00
Outras resenhas deste artista:
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